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No ano de 2000, por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a mobilização de conteúdos de formas contextualizada e interdisciplinar tornou-se o cerne da educação básica brasileira e, consequentemente, surgiu um novo padrão para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Em 2009, a proposta do ENEM passou a dar ênfase à interdisciplinaridade, cotidiano do educando e à mobilização de competências e habilidades. Essa mudança de rota, além de influenciar o processo pedagógico diário nas escolas, tornando-o menos disciplinar e conteudista, pode ter contribuído para as provas de outros vestibulares caminharem na mesma direção. No presente resumo são apresentados os resultados parciais obtidos em projeto de iniciação científica que visa analisar se as desejadas interdisciplinaridade e contextualização têm sido objeto de avaliação nas questões que abordam assuntos químicos na primeira fase de vestibulares de universidades brasileiras. Os dados apresentados referem-se à Universidade de São Paulo (USP). Inicialmente, realizou-se o download das provas e seus gabaritos referentes ao período 2008 a 2010. Observou-se que, dentre as 36 questões analisadas, apenas 8% foram classificadas como interdisciplinares e contextualizadas, 28% como contextualizadas não interdisciplinares, 3% como não contextualizada interdisciplinar e 61% não são interdisciplinares e nem contextualizadas. Estes resultados estão alinhados com os obtidos por pesquisadores que estudaram provas de outros vestibulares. Espera-se que o presente trabalho amplie as informações a respeito das propostas dos vestibulares ao longo dos anos, em especial a partir de 2008, no que diz respeito à contextualização, interdisciplinaridade e assuntos exigidos.
PALAVRAS-CHAVE: Interdisciplinaridade. Contextualização. Vestibulares